segunda-feira, 21 de maio de 2012


(Texto e figura retirado de TEIXEIRA, Sebastião (1998); “Gestão das Organizações”, Editora McGraw-Hill de Portugal, Amadora)

Visão Clássica da Responsabilidade Social

A responsabilidade social, nem sempre foi tida em conta, como é nos dias de hoje. A visão clássica da responsabilidade social, ressaltava que as empresas não tinham que levar a cabo qualquer política de responsabilidade social, tinham sim de gerar lucros, quanto mais fosse melhor seria para os seus investidores. Nesta perspetiva, os gestores são equacionados como os empregados dos acionistas, logo todo o seu trabalho desenvolvido deve visar a sua satisfação.
No entanto, nos dias que correm são poucas as empresas que se focam somente nesta vertente. Aliás, cada vez mais as empresas estão preocupadas e centram parte da sua atividade e esforços no desenvolvimento de uma política de responsabilidade social Teixeira (1998)

Visão Contemporânea da Responsabilidade Social

Os acionistas que anteriormente eram vistos, como os chefes supremos a servir pelos gestores, agora são apenas uma porção dos diversos grupos, que têm que ser servidos e nem sempre são considerados os mais importantes.
A par com a visão contemporânea, as empresas são consideradas uma parte importante que influencia o meio social, isto é, interfere com a vida em sociedade, acabando por lhe ser incutida a responsabilidade de ajuda, e sobretudo de melhoria do desenvolvimento e bem-estar do meio onde se encontra inserida.
Keith Davis, um dos maiores seguidores desta visão citado por Sebastião Teixeira (1998) elaborou 5 proposições:
  1.      A responsabilidade social é tida como um poder social, na medida as ações da empresa têm consequências na sociedade, a própria sociedade pode responsabilizar a empresa pelo exercício do seu poder social.
  2.       As empresas devem funcionar enquanto sistemas abertos, onde existe circulação de energia, matéria e informações.
  3.             Os benefícios sociais e os custos de uma empresa devem ser quantificados na própria contabilidade.
  4.       Relativamente à atividade da empresa os custos sociais que daí advêm devem ser transferidos para o consumidor. 
  5.       Igualmente a alguns cidadãos que se envolvem em determinados problemas sociais que não os afeta diretamente, as empresas devem ter a responsabilidade de abarcarem certas questões sociais, fora da sua esfera de negócio.

Comparando as duas visões:
Ao lermos a breve introdução às duas visões podemos aferir que não existem consenso entre as duas, são dos polos distintos. Um dos problemas enfrentados no panorama da responsabilidade social, é saber onde começa e onde acaba a responsabilidade de empresa. A figura apresentada abaixo sintetiza os argumentos utilizados para defender quer a visão clássica quer a visão contemporânea: 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pirâmide de Responsabilidade Social Empresarial de Carroll


Carroll elaborou uma pirâmide conceptual direcionada aos gestores de empresas, que de certa forma sintetiza o amplo significado do que a responsabilidade social é. Na sua pirâmide Carroll demonstra as responsabilidades que devem existir nos negócios e sobretudo a preocupação destes enquanto inseridos numa comunidade, no social. É uma visão que vai além do gerar lucros e obedecer à lei, é um princípio preocupado e genuíno.
A pirâmide de Carroll possui quatro patamares, demonstrando a responsabilidades social como responsabilidade económica, legal, ética e filantrópica, sempre com o link à sociedade. Isto vendo a pirâmide do seu primeiro patamar (a base) até ao seu topo.

Figural I - Pirâmide de Responsabilidade Social Empresarial de Archie Carroll

Figura II – Adaptação da Pirâmide de Achie Carroll

Fonte: GRISERI, Paul, SEPPALA, Nina (2010), "Business Ethics and Coporate Social Reponsability", Cengage Learning